sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A Nova Amiga

Hoje, ao recepcionar uma camarada e sua irmã que é caloura na FURG, acabei trocando o nome da irmã. Coisa bem banal mas que sempre deixa aquela situação constrangedora.
Esse detalhe do meu dia me fez lembrar de uma situação da minha infância. Na segunda série conheci uma menina. Começamos a brincar e passávamos o recreio juntas, conversávamos muito, dividíamos merenda.
Eu chegava em casa e contava para minha mãe sobre a minha "nova amiga". Já se passara mais de uma semana e minha mãe questiona o nome da menina. Adivinhem, eu não sabia. Em meio a todo aquele entrosamento não havíamos trocado nomes.
Ela era simplesmente a minha "nova amiga" e saber ou não saber o nome dela não faria muita diferença nesse ponto. O essencial era a amizade e não o nome com o qual nos chamávamos.
Algumas coisas são simplesmente essência e temos mania de dar nomes. Afinal, pra que essa mania de etiquetar tudo heim? Ou de olhar e querer saber primeiro a definição e depois conhecer a coisa em si? Às vezes e quase sempre, sentir e viver o essencial é mais importante que saber a casca que o cobre.
Se eu tivesse descoberto o nome dela(que depois nunca perguntei e como não éramos da mesma sala eu não tinha como descobrir) ela seria na minha lembrança fulana ou sicrana. Na minha lembrança hoje em dia ela é ainda a "nova amiga". Ficou a essência, sem nomes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário