domingo, 30 de outubro de 2011

Mulheres

Há pouco participei junto às minhas camaradas da UBM da conferência estadual de políticas públicas para mulheres promovida pelo governo.
Sou feminista. Ponto. Isso não significa que eu acho que mulheres devem pegar em armas e matar os homens por ai, ou que eu não curta me arrumar (apesar da veia hippie pegar às vezes), ou qualquer outro esteriótipo que queiram dar a uma feminista. Significa na verdade que sou mulher, me entendo como uma, e estou empoderada a ponto de buscar minha independência e romper com o que aprendi desde pequena: "menina faz isso ou aquilo se não não vais ter um bom marido..."
É isso que aprendemos, meninas devem buscar o amor e um homem que lhe dê segurança, na verdade, muito mais a segunda parte.
Bom, como empoderada quero dizer que não preciso de nenhum homem que me dê segurança. Sou mulher e dou conta de mim mesma.
Esse é só um dos pontos de um mal chamado machismo. Um mal da sociedade, e não dos homens. Um mal que se fortalece dentro da lógica de mercado e consumo em que o capitalismo nos enfiou.
Um mal que atinge a todas nós, mulheres.
A ideia da conferência era a discussão de políticas públicas para mulheres. Ações, afirmativas ou não, por parte do governo, que possam mudar a vida de todas.
Não entrarei aqui em grande detalhes, mas, deixo registrado que sai um pouco decepcionada com o nível do debate em alguns aspectos.
Vi propostas de mulheres que queriam ensino médio em tempo integral para ter a segurança de saber onde seus filhos de 17 anos estavam, mulheres que ali discutiam o investimento de apenas 10% do fundo social do pré-sal para educação, quando o movimento educacional pede 50%, enfim, pontos e pontos desconexos, perdidos, que não tocavam direto no ponto: como vamos chegar a uma sociedade com igualdade de gênero? O que se via era a busca por solução de problemas imediatos. E não por uma mudança de lógica.
Para completar, na hora da eleição das delegadas para a nacional ficou claro o sectarismo do movimento feminista.
Eram tudo. Negras, quilombolas, religião-afro, idosas, camponesas, jovens, comunistas, petistas, socialistas, qualquer ista.... menos feministas. Faltou o gênero, faltou a causa comum, faltou o olhar pra dentro....
Admiro as mulheres que ali estavam. Eram muitas. Mulheres que deixaram seus maridos em casa, os filhos, o momento de descanso, as outras lutas, e que estavam ali para discutir e fazer política.
Mas, faltou o ponto. Faltou, ou passou do ponto. Não sei ao certo. Mas, espero que avancemos.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O meu melhor relacionamento. Um menáge.

Depois de um tempo venho aqui no blog para falar do meu melhor relacionamento. Estamos a um bom tempo juntos, na verdade somos três, eu, ele e ela. Cumplicidade, crescimento, o tanto que me empenho por esses dois, esses dois contribuem para que eu me descubra. Algumas decepções já ocorreram, afinal de contas isso é tão comum quando é o ser humano que ta envolvido... mas, a base que nos liga é tão mais forte, tão mais intensa. Estamos juntos por que no fim temos o mesmo objetivo, queremos e acreditamos nas mesmas coisas e esses dois, aai esses dois, eles me dão toda base para acreditar que meus sonhos podem ser reais. Primeiro conheci ela, essa jovem muleka atrevida que fez despertar o que há de melhor em mim, depois ela me apresentou ele, esse coroa com muita história pra contar... Desde então seguimos os três. E boto a mão no fogo por esses dois.
Não, não estou falando de nenhum menáge... não é nenhuma safadeza não. Também não falo aqui do D. do W. do V. e nem do E. Quase la, são siglas, mas siglas que trazem consigo algo muito muito grande.
Falo aqui da minha UJS e do meu PCdoB. Esses dois com quem caminho junto e com quem vou me descobrindo, e vou ajudando a fazer crescer. A base que nos liga é a ideologia socialista, nosso objetivo comum é a luta por um país mais justo, com igualdade e desenvolvimento, um país cuja riqueza seja distribuída para todos.
Não nego que ja tivemos crises, mas, o que nos une é tão mais forte que sempre volto atrás, até por que esses dois sempre me mostram que não é fugindo que chegamos a algum lugar.
Afinal de contas, estamos falando do PCdoB e de sua juventude! Ditadura Militar, Estado Novo, Araguaia.... nossa, esses dois já passaram por tanta coisa, e passaram sempre de cabeça erguida, sem deixar de lado a que vieram, que penso: quem sou eu pra deixar eles de lado?
Deixando de lado a cronicidade, escrevo esse texto devido aos recentes ataques ao meu partido e a comentários de que "militontos estão botando a mão no fogo"
O PCdoB em seus quase 90 anos de história nunca esteve envolvido em nenhum esquema de corrupção! Todas as denuncias que ja surgiram foram comprovadas como inverídicas. Afinal de contas, não foi por uma política corrupta que morremos nas ruas, nas praças, nos galpões do DOI. Atacar o PCdoB sem provas é o mesmo que atacar a democracia brasileira! Em tempos em que o povo desacredita seus políticos, atacar caluniosamente o único partido que tem mostrado tanto clareza política quanto transparência e retidão é tirar o que resta de esperança de um povo em uma política comprometida.
Me entristece e me enoja tudo que está acontecendo. Nos abrimos para toda e qualquer investigação, afinal de contas, quem não deve não teme, mas, não recuaremos, não sairemos de onde estamos por medo, cedendo à pressão daqueles que há anos comprovam não possuir nenhum comprometimento com o país!
Peço a todos que lerem esse texto, que pensem duas vezes antes de dizer "olha, até o PCdoB", pensem a quem serve a descrença do povo na política, juntem os fatos, comparem.
Nesse menáge com o PCdoB e com a UJS eu tenho aprendido a fazer política e tenho encontrado o meu rumo, a maneira de tornar ao menos parte dos meus sonhos realidade.
Não botar a mão no fogo por esses dois, seria não acreditar naquilo que me constitui.
O ser humano tende ao erro, sim. Mas a estrutura política dessas duas entidades impede que o erro se perpetue.
Boto minha mão no fogo por essas entidades, pelo projeto socialista para o Brasil. Isso é um relacionamento.