sábado, 21 de janeiro de 2012

Dor de Crescimento

Os que conhecem pessoalmente sabem dos meus 1,78 metros de altura, que algumas pessoas chegam a exagerar e dizer que são 1,80, 83....
Particularmente, se pudesse ser um pouco mais baixa até seria. Tanta altura sempre atrapalhou na hora de escolher um salto ou arranjar um namorado...
Bom, o ponto não é esse. O ponto é que para chegar a esse tamanho demorou cerca de 12 para 13 anos. E doeu.
Lembro de ir ao médico, reclamar de dores nas juntas. Isso pelos meus 9, 10 anos de idade. Ele, após exames, disse se tratar da famosa dor de crescimento. "Tu ta crescendo muito rapidamente e sentes a dor disso."
Apesar disso que relatei se tratar de uma questão física que alguns possam achar até estranha, me faz pensar em uma sensação que estava tendo agora há pouco e que tenho muitas vezes. Ultimamente com muita frequência.
Quando sofremos algum grande baque na vida, uma perda, uma mudança drástica, passamos primeiro pela fase de tristeza, depois uma fase de negação da tristeza, depois mais mágoa até que temos essa sensação que falo. É aquela coisa de não saber se estamos tristes, faltosos, é como uma vazio mas na verdade não é. Parando pra pensar, talvez seja a dor de crescimento.
Querendo ou não, as derrapadas nas curvas da vida nos fazem crescer e muito. A última que levei está me fazendo chegar a uns 3 metros de altura emocional.
Essa sensação de dor de crescimento emocional é intrigante, é o momento de epifania que te faz perceber o que tu ta te tornando ao ver as decisões e o modo que estás agindo.
É bom, no fim, apesar de incomoda, é uma boa sensação.
Então, que fiquemos acostumados a essas dores, por que no fim eu por exemplo posso não dar muito valor aos meus 1,78 de altura física, mas, darei tanto valor aos meus metros emocionais que não me importo em sentir muita dor pela frente ainda, acho que aguento.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A Nova Amiga

Hoje, ao recepcionar uma camarada e sua irmã que é caloura na FURG, acabei trocando o nome da irmã. Coisa bem banal mas que sempre deixa aquela situação constrangedora.
Esse detalhe do meu dia me fez lembrar de uma situação da minha infância. Na segunda série conheci uma menina. Começamos a brincar e passávamos o recreio juntas, conversávamos muito, dividíamos merenda.
Eu chegava em casa e contava para minha mãe sobre a minha "nova amiga". Já se passara mais de uma semana e minha mãe questiona o nome da menina. Adivinhem, eu não sabia. Em meio a todo aquele entrosamento não havíamos trocado nomes.
Ela era simplesmente a minha "nova amiga" e saber ou não saber o nome dela não faria muita diferença nesse ponto. O essencial era a amizade e não o nome com o qual nos chamávamos.
Algumas coisas são simplesmente essência e temos mania de dar nomes. Afinal, pra que essa mania de etiquetar tudo heim? Ou de olhar e querer saber primeiro a definição e depois conhecer a coisa em si? Às vezes e quase sempre, sentir e viver o essencial é mais importante que saber a casca que o cobre.
Se eu tivesse descoberto o nome dela(que depois nunca perguntei e como não éramos da mesma sala eu não tinha como descobrir) ela seria na minha lembrança fulana ou sicrana. Na minha lembrança hoje em dia ela é ainda a "nova amiga". Ficou a essência, sem nomes.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Presente da prefeitura para 2012


Hoje o Jornal Agora noticiou que as empresas de transporte coletivo de nossa cidade pediram um aumento na tarifa de ônibus para R$3,00 . O conselho municipal de transporte aprovou o valor de R$ 2,65.
Jogada política. O conselho e a prefeitura aprovam um valor menor do que o supostamente pedido pelas empresas. Valor que mesmo sendo menor é extremamente abusivo frente ao péssimo serviço prestado.
Gurizada, mais uma vez é hora de se mobilizar! Vamos primeiramente mostrar nas redes sociais para o senhoR Fabio Branco que se ele sancionar esse aumento Rio Grande para!
Isso mesmo! Não podemos mais aguentar esse cartel!

SE A PASSAGEM AUMENTAR, RIO GRANDE VAI PARAR!

VAMOS ÀS RUAS!


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Obrigada 2011!

Depois de toda comilança e fogos de artifício estourados na praia eu finalmente decidi parar para pensar sobre o meu 2011.
Bom, o ano que passou iniciou-se com os seguintes desafios pra mim: estar na direção de um diretório acadêmico, estar na direção do DCE , na direção da UJS e conseguir mesmo assim passar tranquilamente, ou ao menos passar, pelo 3º ano de faculdade.
Logo de início tomei para mim: esse ano é de aprendizado. Com a UJS já estava me acostumando, 2010 já tinha me ensinado bastante, tinha pego o ritmo, mas nunca havia estado em um diretório acadêmico ou em um DCE. Estava desafiada e entusiasmada.
Dito e feito. O ano que passou me ensinou e muito! Me ensinou a confiar mais em mim mesma e me posicionar, me mostrou como o ser humano pode ser mesquinho mas também pode ser incrível, eu aprendi com meus erros, aprendi que nem o mínimo descuido é tolerado quando tu te colocas em certas posições e que isso precisa ser observado sim, pois hoje em dia as intenções não são valorizadas e sim os fatos e as mil interpretações e versões.
É, eu errei diversas vezes. Me decepcionei diversas vezes. E cresci demais.
O Direito me decepcionou como sempre e quase me levou a desistência. Diversas foram as crises existenciais relacionadas ao que eu queria fazer da minha vida.
A política é uma aspiração. É o meio pelo qual quero mudar o mundo, ou ao menos parte dele, é o meio que eu enxergo possível, pelo qual posso botar em práxis minha ideologia. Mas de forma alguma política deve ser vista como profissão e sim tarefa para com a sociedade, minha hora vai chegar mas eu preciso encontrar algo que eu queira ser para além disso. Muitas foram as reflexões que me remeteram ao meu ano de magistério e à minha brincadeira preferida na infância: escolinha. Ser professora sempre foi algo que me agradou.
Depois de muito pensar estou certa do que quero. Entrar no Direito era definitivamente o rumo que eu devia tomar, não estou enganada, mas não serei advogada ou juíza ou promotora. Serei uma professora. O meu mestrado é o caminho, e ele começa agora.
Para 2012 fica o desafio: Produção científica para começar a construir o meu mestrado, militância estudantil pois agora me sinto mais do que preparada para estar mais uma vez no DCE, eleições municipais para ajudar na mudança que minha cidade merece, minha UJS, meu PCdoB!
Obrigada 2011, tu me ensinou muito, graças a ti meu 2012 poderá ser brilhante!